Jovem Advocacia debate ‘Estratégias e consolidação da carreira’ em último painel

Os novos profissionais da devem ficar atentos às ferramentas a disposição para alavancar a carreira

A comissão da Jovem Advocacia da OAB/RR comandou o último painel da Semana da Advocacia 2018. O tema abordado foi “Estratégias e consolidação da carreira”. Durante a conversa, foi debatido a importância das primeiras experiências na profissão e as ferramentas que o novo profissional tem à disposição para alavancar a carreira.
Para o presidente da Comissão, o advogado Ângelo Peccini o maior desafio do jovem advogado é começar a exercer a profissão. “Estar com a carteira nas mãos é o verdadeiro exame da Ordem. A dificuldade se dá a partir do momento que o sustento vem do labor diário. Mas a primeira pergunta que vem à cabeça daqueles que acabaram de pegar a carteira da Ordem é: qual caminho seguir”, disse.

As estratégias iniciais para despontar na carreira estão relacionadas à área de atuação. Antes de escolher que ramo do direito seguir, é importante que o jovem profissional faça algumas análises quanto às subáreas desses ramos, a localização geográfica do escritório, entre outros. “Aqueles escritórios que ficam localizados próximo às empresas e indústrias tem clientes potenciais ao redor. Portanto, o foco de atuação daqueles escritórios deve permear esses clientes”, explicou Peccini.

Já o advogado Luan Câmelo, membro da Comissão da Jovem Advocacia, pontuou outra grande preocupação de quem está iniciando: os honorários. “Muitos jovens advogados ficam na dúvida do quanto cobrar por ação. É importante frisar que a maior fatia de faturamento do seu escritório pode ser pontuado em honorários fixos e honorários por sucesso. Por mais que você receba algum honorário no início, sabemos que a grande, o maior percentual, se dará no final da demanda”, afirmou.

A secretária da Comissão da Jovem Advocacia, a advogada Cíntia Schulze, aconselha os jovens advogados a não buscar sobreviver da advocacia, mas viver dela. “Quando se tem isso em mente, aí vem a questão da valoração e tudo mais. Quando eu comecei não pensava em seguir a carreira de advogada, queria concurso público. A advocacia de correspondência, que é quando trabalhamos para escritórios que não estão em nosso Estado, em um primeiro momento me abriu muitas portas. Para quem está começando, esta ferramenta pode ajudar bastante a alavancar esse início, que é bastante difícil”, exemplificou.

Outro ponto que o jovem advogado tem muita dúvida nesse começo é em como cobrar. “Criamos uma tabela e submetemos ao Conselho para apreciação. A tabela é um balizador, tanto para a advocacia de correspondência, quanto para os honorários em si. Às vezes, no começo, cobramos um determinado valor por uma demanda e depois vemos que ela deu muito mais trabalho do que o previsto, mas independente do valor que você colocou, dê o seu melhor. É difícil conquistar o cliente, mas mais difícil é manter. Se você fizer um bom trabalho e conseguir um bom retorno para o cliente, ele volta”, declarou Cíntia.

Para a advogada Marcela Moleta, também membro da Comissão da Jovem Advocacia, os novos profissionais devem estar atentos às ferramentas que hoje estão à disposição, como redes sociais e portais como o JusBrasil. “Hoje em dia, todo e qualquer tipo de negócio usa redes sociais, na advocacia não é diferente. Muitos escritórios já se beneficiam desta ferramenta. Mas é importante destacar que esta ferramenta é apenas para atrair clientes, em momento algum devemos prestar consultorias desta maneira, muito menos sem conhecer o caso de forma mais aprofundada”, disse.

Além das redes sociais, portais como o JusBrasil e outros que permitem a publicação de artigos, são uma excelente ferramenta para aqueles que desejam ter o trabalho reconhecido. “Já consegui clientes desta maneira e esta é uma excelente maneira de ir adquirindo experiência, além da advocacia de correspondência”, pontuou.

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